O Governo Federal decidiu unir esforços dos ministérios das Cidades, Meio Ambiente e Saúde, como forma de melhorar a qualidade de vida da população. A proposta é destinar mais recursos para melhorar o meio ambiente e, assim, reduzir os investimentos em saúde pública.No Rio Grande do Norte, a principal preocupação dos especialistas é com a qualidade da água dos mananciais de superfície (barragens, açudes e rios), que são responsáveis pelo abastecimento de quase 90% da população do Estado, que se aproxima dos três milhões de habitantes.Na região Oeste do Estado, dois mananciais se destacam pela importância econômica e social. Agora, também pela questão de saúde pública. O rio Piranhas/Açu abastece mais de 600 mil habitantes, além de irrigar mais de 30 mil hectares, através de sistema adutor.O rio Apodi/Mossoró ainda não tem grandes projetos de agricultura irrigada, mas estão em obras duas grandes adutoras e um distrito irrigado de nove mil hectares. As adutoras vão abastecer a população do Alto Oeste, como também a região de Mossoró, logo nos próximos anos. Na questão econômica, atualmente estão entrando em atividade unidades de produção de tilápia em cativeiro, com financiamento do Governo Federal. O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) informa que vai instituir o Distrito Irrigado da Chapada do Apodi."Mas, todos esses investimentos poderão ter efeito contrário para o cidadão, se não pensar primeiro na questão ambiental", explica o coordenador do colegiado gestor regional de Mossoró, Ivanildo Lima. Antes do sistema adutor, é preciso tratar o lixo, o esgoto e produzir com menos agrotóxico.Não existem números precisos, mas os secretários municipais reunidos na semana passada em Mossoró, durante a conferência municipal para tratar do assunto, informaram que mais de 30% dos atendimentos de saúde poderiam ser evitados, preservando o meio ambiente.Para quem trabalha com saúde pública é fácil entender a lógica. "A fruta ou legume que comemos e o copo de água que bebemos é o que garante a saúde de nosso corpo. Se essa fruta tem agrotóxico demais e a água está contaminada, é natural que fiquemos doentes", explica Ivanildo."Muito me preocupa quando encontro um estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) apontando altos índices de poluição em todos os reservatórios superficiais do Estado, e mais preocupante ainda é porque essa poluição vem da ação das pessoas", diz Ivanildo Lima, acrescentando que, para mudar esse quadro, além do Governo, é preciso consciência da população.Portanto, como meta para reduzir o atendimento de saúde, as conferências estão apontando principalmente investimentos em saneamento básico das cidades banhadas pelas bacias hidrográficas Piranhas/Açu e Apodi/Mossoró. "De nada adianta investir no saneamento básico de Apodi e não fazer o mesmo em Pau dos Ferros. É preciso que seja em todas as cidades", destaca.
Resíduos sólidos terão destino corretoA solução para os resíduos sólidos, observados pelos especialistas presentes nas conferências, é investir em usinas de beneficiamento de lixo. Segundo o vice-governador Iberê Ferreira de Souza, que também é secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH), já existe um estudo em andamento para instituir as primeiras duas unidades: uma em Umarizal e outra em Caicó.Uma terceira unidade de beneficiamento de lixo está prevista para o Vale do Açu. Só o projeto dessa unidade está orçado em R$ 550 mil. Ao todo, conforme Iberê Ferreira, o Ministério do Meio Ambiente está destinando para o Rio Grande do Norte algo em torno de R$ 14 milhões. "O destino desses recursos é tratar dos resíduos sólidos", diz o vice-governador.
Funasa informa que cidades serão saneadasO presidente da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) no Rio Grande do Norte, Zeca Abreu, informa que o Governo Federal está destinando recursos para fazer o saneamento básico de todas as cidades banhadas pelas bacias Piranhas/Açu e Apodi Mossoró.Ele explica que esses investimentos estão previstos, inclusive, no Projeto de Transposição de Água do Rio São Francisco. O diretor do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS), Elias Fernandes, diz que, até 2012, a água do São Francisco chegará ao Estado.O primeiro beneficiado será o rio Piranhas/Açu e o segundo será o Apodi/Mossoró. No caso do primeiro, já existe investimento em saneamento nas cidades de Jucurutu, Assú, Pendências, Caraúbas e Macau, mas ainda faltam Alto do Rodrigues, Ipanguaçu, entre várias outras.Na região Oeste, o quadro é mais complicado. O saneamento ainda é tímido nas cidades de Pau dos Ferros, São Francisco do Oeste, Apodi, Felipe Guerra e Governador Dix-sept Rosado. Em Mossoró, na qual o rio já chega praticamente morto, o saneamento está mais avançado.
Resíduos sólidos terão destino corretoA solução para os resíduos sólidos, observados pelos especialistas presentes nas conferências, é investir em usinas de beneficiamento de lixo. Segundo o vice-governador Iberê Ferreira de Souza, que também é secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH), já existe um estudo em andamento para instituir as primeiras duas unidades: uma em Umarizal e outra em Caicó.Uma terceira unidade de beneficiamento de lixo está prevista para o Vale do Açu. Só o projeto dessa unidade está orçado em R$ 550 mil. Ao todo, conforme Iberê Ferreira, o Ministério do Meio Ambiente está destinando para o Rio Grande do Norte algo em torno de R$ 14 milhões. "O destino desses recursos é tratar dos resíduos sólidos", diz o vice-governador.
Funasa informa que cidades serão saneadasO presidente da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) no Rio Grande do Norte, Zeca Abreu, informa que o Governo Federal está destinando recursos para fazer o saneamento básico de todas as cidades banhadas pelas bacias Piranhas/Açu e Apodi Mossoró.Ele explica que esses investimentos estão previstos, inclusive, no Projeto de Transposição de Água do Rio São Francisco. O diretor do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS), Elias Fernandes, diz que, até 2012, a água do São Francisco chegará ao Estado.O primeiro beneficiado será o rio Piranhas/Açu e o segundo será o Apodi/Mossoró. No caso do primeiro, já existe investimento em saneamento nas cidades de Jucurutu, Assú, Pendências, Caraúbas e Macau, mas ainda faltam Alto do Rodrigues, Ipanguaçu, entre várias outras.Na região Oeste, o quadro é mais complicado. O saneamento ainda é tímido nas cidades de Pau dos Ferros, São Francisco do Oeste, Apodi, Felipe Guerra e Governador Dix-sept Rosado. Em Mossoró, na qual o rio já chega praticamente morto, o saneamento está mais avançado.
FONTE: JORNAL DE FATO, EDITADO NA CIDADE DE MOSSORÓ, 03/10/2009
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